Amigos e irmãos, saudações a todos! Salve Deus!

Precisamos tratar de um assunto que, infelizmente, ainda aborrece muitos irmãos e amigos. Não são poucos os dirigentes de templos, instrutores, comandantes que – por inúmeros motivos – deixam pelo caminho diversas pessoas chorando. Pessoas que acreditaram em suas palavras; pessoas que, de alguma maneira, depositaram sua esperança nas orientações recebidas, que buscaram amparo nos momentos de maior fragilidade de suas vidas.

Muitas delas deixaram a Doutrina e carregam saudades acerbas dos trabalhos, dos amigos reencontrados, da rotina do templo, enfim. Outras tantas, permanecem nas fileiras de trabalho, contudo, sem o brilho nos olhos que se via outrora. Marcham desencantadas, entristecidas, machucadas.

Esses dirigentes, tantas vezes, mostram-se insensíveis a essa realidade e, desprezando as feridas que causaram, seguem nos radares, nos templos, em sermões, pregações e palestras como se pudéssemos, todos, simplesmente jogar ao esquecimento aqueles que deixamos chorando pelo caminho.

Jesus ensina-nos fartamente sobre a responsabilidade que assumimos perante nossas ações. Ademais, foi claro ao nos advertir: “A quem muito foi dado, muito será cobrado.” Aqueles que se colocam na condição de orientadores espirituais carregam consigo um compromisso sagrado com cada alma que se aproxima.

Quantos corações feridos se afastaram feridos por quem deveria acolher? Quantos amigos encontraram apenas palavras vazias?

O Evangelho adverte-nos. De nada vale o discurso eloquente. Não podemos ignorar aqueles que ficaram pelo caminho. Que possamos refletir: estamos construindo pontes ou cavando abismos? Nossas palavras curam ou ferem? Nossos atros contribuíram para a cura ou agravaram feridas? Nossa conduta edifica ou destrói?

Recordemos sempre que, antes de sermos oradores, médiuns, instrutores ou dirigentes, somos eternos aprendizes no caminho. APRENDIZES! E que o maior dos ensinamentos é o amor, exercido com humildade e responsabilidade. Precisamos, irmãos e amigos, saber voltar atrás…

Que os Espíritos Superiores nos inspirem a reparar os danos que causamos na desatenção, no desamor, na invigilância; que possamos buscar aqueles que deixamos chorando e, acima de tudo, a transformar nossos templos em verdadeiros lares de paz, onde ninguém saia com o coração mais pesado do que entrou.


Paz e Luz a todos os corações.

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