Caros irmãos, salve Deus.
Que a paz de Jesus esteja entre nós! Que possamos mergulhar em profunda meditação e, em contato com nossos mentores, compreender as razões que nos colocaram nesta missão.
Compreendamos que a nossa missão no Nordeste é exemplificar o evangelho de Jesus na difusão do sistema crístico. E só homens iluminados pela razão e pelos conhecimentos espirituais podem fazê-lo. Não há espaço, meus irmãos, para pueris questões de disputas vãs, de homens e mulheres que guiam-se pelo ego hipertrofiado. Os que assim teimosamente procedem, acham, por uma ilusão de óptica, que estão na Doutrina, mas de fato, nela nunca estiveram. Não se trata de vestir corpos, meus amigos e amigas! Não se trata de ir a Brasília. Não se trata de fazer Iniciação, Elevação, Centúria. Não se trata de ser Adjunto ou Trino. Somos em essência ou simplesmente confiamos nos broches que vaidosamente ostentamos?
O que é melhor: um templo sem doutrina ou uma doutrina sem templo?
De que valem tantas consagrações? De que valem tantas condecorações? De que vale tanta pompa? Um grande amigo, desde muito no alerta: “de que vale ganhar o mundo e perder a alma”? Não têm sido poucos os irmãos e amigos que, depois de empregar suas vidas em tantos rituais, tantos trabalhos mediúnicos, desencarnam como se nunca tivessem estado na Doutrina. E, de fato, nunca estiveram. A presença do corpo não tem significação a não ser no mundo das ilusões que teimamos em sustentar. Esforço vão…
A realidade do templos do Amanhecer com os quais temos contato (e são muitos em todo o Brasil e no exterior) mostra-nos uma aglomeração de homens e mulheres incrédulos trabalhando em causa própria; tentando resolver o casamento, a vida financeira, a vida sentimental ou qualquer outro campo das relações humanas. Cada um trabalhando para si mesmo. Não são essas as mais puras e genuínas linhas do egoísmo? No Cariri a situação não é diferente.
E se, de repente, fossem tirados de nós todos os broches e coletes; todas as capas, fitas, indumentárias e todo o brilho deste conjunto ritualístico, restando-nos, simplesmente, a vestimenta diária? E se de repente, ficássemos sem o templo? E se nos fossem tiradas as preces decoradas, as chaves ritualísticas, as emissões, os cantos? E se retirassem de nós as estátuas, as imagens, os quadros, as pinturas de cavaleiros, ministros, guias missionárias? Quantos continuariam trabalhando? Quantos ainda se sentiriam jaguares?
O que cada um de nós faz ao vestir uma indumentária? O que cada um de nós faz ao vestir a bermuda e a camiseta? O que cada um de nós faz ao adentrar o ambiente do templo? O que cada um de nós faz ao entrar no mercado, na farmácia?
Reflitamos…