Nos templos do Amanhecer, com frequência tem-se visto no plano físico, um quadro triste: homens e mulheres uniformizados ingressarem diuturnamente nos setores de trabalho. No entanto, em alma, colocam-se consorciados a outras entidades inconscientes e, formando pequenas falanges de mesquinhos interesses, passam a obsediar outros médiuns, sugestionando-os com investidas sorrateiras, dificultando suas vidas, interferindo nos trabalhos por todos os meios que encontram. É algo realmente triste. O acesso dos mentores, meus amigos, nestes casos, fica muito difícil.
Eis porque os mentores têm-se mostrado preocupados com o que tem acontecido na maioria dos templos. Mas tudo isso acontece por nos escravizamos aos imperativos da alma. Atendemos, sem qualquer resistência, às sugestões mais tolas e construímos os padrões de uma vida superficial, escravizados às buscas da alma, do neuro-almal ou do ego, simplesmente.
Mesmo quem chega movido por uma seriedade, na real intenção de desenvolver um trabalho sério, se vê em dificuldade porque o ambiente não favorece.
Enfim, amigos, não conseguimos ainda, uma compreensão, que é algo que desce e muda a gente. Muda mesmo. Assim, vivemos substancialmente o mundo das formas e nessas vivências, lançamo-nos nas ânsias e nos tristes destinos que nos aguardam nas ilusões.
Algo acontece. Algo está acontecendo e esse algo é muito sério, muito grave na vida humana. O que é isso? Pois bem: vivemos uma espiritualidade sem espiritualização. Parece-nos que a Doutrina de Jesus e todo esse tratado são para homens e mulheres espirituais, e não para seres tão submissos aos imperativos dos padrões terrenos de posse, domínio e poder, enfim, os padrões da alma. Deveríamos estar em ação, e não, sob o julgo de pequenos desejos e caprichos, em tolas reações que só nos geram mais desequilíbrios.
Não achemos que encontramos os mentores em um templo de pau, pedras e tijolos que o tempo transformará em cinzas. Encontramos nossos guias nos níveis de seriedade que temos para conosco. Fora disso, somos tolos, achando que podemos enganar alguém. Grande ilusão.
Os médiuns adentram os templos e hoje a grande maioria está mais obsediada do que os próprios visitantes. Chego para o trabalho, preciso de uma hora para achar uma harmonia; mais meia hora para achar concentração. E mais um tempo para achar uma frequência. Mas os ataques, as atuações, as interferências presentes nos rituais hoje tornam tudo muito difícil.