A decisão pelo desenvolvimento mediúnico

Amigos e irmãos, saudações a todos, em Cristo-Jesus! Que Meigo Messias, o amigo da humanidade, possa nos inspirar nestes apontamentos. Não é nossa intenção ensinar nada a ninguém. Nada sabemos. O que temos de nosso é a boa-vontade, somente. Há, entretanto, um debate em curso. Dele fazemos parte e sentimo-nos na responsabilidade de convosco dividir nossas impressões.

O despertar para uma vida de dimensões mais elevadas não pode jamais brotar da superficialidade das conveniências terrenas. Aquele que busca um caminho espiritual movido apenas pelo que lhe é cômodo ou vantajoso constrói sua jornada sobre areia movediça, pois a conveniência é filha do interesse pessoal e este, por sua natureza, é transitório e limitado.

Da mesma forma, embora seja comum e até compreensível que abracemos determinadas práticas filosófico-religiosas e mediúnicas por herança cultural ou pressão social, tal motivação não representa a autêntica escolha do espírito. A tradição familiar, os costumes sociais e as expectativas do meio em que vivemos podem até servir como ponte inicial, mas nunca como fundamento sólido para uma verdadeira decisão interior.

É verdade que muitos de nós chegamos ao Amanhecer por atravessarmos momentos de grande dor e pungente aflição. Também é verdade que, no mor das vezes, o sofrimento coloca-nos de joelhos e sensibiliza-nos a rigidez do coração inclemente para os valores espirituais. No ápice de nosso chorar, recorremos a tudo que nos aparece na tela da vida como possibilidade de alívio de dores tão cruas. Contudo, se a escolha pelo desenvolvimento mediúnico nas linhas do Amanhecer nasce exclusivamente da dor e da desesperança momentâneas que caem de chofre sobre nós, fatalmente definha quando as tempestades abrandarem.

Se a busca espiritual nasce exclusivamente da dor e da desesperança momentâneas que caem de chofre sobre nós, fatalmente definha quando as tempestades abrandarem.

Escola do Caminho

A dor e o sofrimento nos trazem ao templo, verdade. Este foi o caminho percorrido pela maioria de nós. Mas não podem sustentar sozinhos uma jornada que exige identificação nas fibras mais íntimas do coração. Sem o ressoar estrondoso dentro de si, que se faz irresistível e incomensurável, por isso inconfundível, o indivíduo percorrerá os caminhos doutrinários; ingressando nos cursos de formação, vencerá estágios organizativos; cumprirá ritos protocolares, mas, de fato, não adentrará ao portal invisível da essência doutrinária. Sem o sentimento verdadeiro, qualquer prática mediúnica é mero ritual vazio e o que devia ser efetivado pela natural sugestão do amor incondicional, na doce presença de Jesus, transforma-se em teatro sem alma.

É no grande silêncio universal que se faz dentro de cada um que essa verdade doutrinária acontece em forma de sentimento. Só então, a despeito das enormes dificuldades de todos os dias, podemos avançar nossos pequenos passos. Sem o sentir, nada se faz. Se não há o coração, há meros protocolos convencionais. Onde falta o amor, falta verdade, falta essência, falta tudo.

Medite profundamente antes de tomar a decisão de adentrar a esta corrente.

Salve Deus. Jesus nos abençoe a todos.

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