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Biografia missionária

O que é a Missão do Nordeste: esclarecimentos iniciais

1. O grupo

Em 1986, conduzidos por Pai João de Enock, um grupo de jaguares deixa Brasília para se fixar no triângulo Crajubar: o aglomerado urbano formado pelas cidades de Crato, Juazeiro do Norte e Barbalha. O grupo era formado pelo mestre Batista, sua ninfa Sônia; mestre Chiquinho, sua ninfa Adriana; mestre Tavares e sua ninfa Marília; mestre Winston; a ninfa Joana D’Arc; o mestre Luís Adão. As crianças: Rodrigo, Stela, Clytia, Tayná, Nayara, Thiago e David. Depois chegaram o mestre Raimundo, sua ninfa Fátima e Jaqueline. Havia outras pessoas indicadas por Pai João de Enock que, no entanto, fizeram opção por permanecer em Brasília. Seguindo instruções precisas, o grupo deixou Brasília em 28 de novembro às 06:00h da manhã.

2. O que quer dizer o termo “Missão do Nordeste”

Quando o grupo saiu de Brasília, em 1986, já havia diversos templos do Amanhecer espalhados pelo Brasil. No Youtube, reportagem realizada pela Rede Globo na ocasião da morte de tia Neiva cita o número de 42 templos em 07 estados (https://www.youtube.com/watch?v=j7K4ZbGkb7M&t=764s). Alguns, certamente, no Nordeste brasileiro. Não encontramos em nossas pesquisas o número exato dos templos em atividade no Nordeste naquela época. Havia, por exemplo, o templo de Olinda, que na época estava sob as ordens do senhor Ignácio Sales. Mas havia ainda alguns outros e não os citamos por não fazer parte do foco do presente estudo. O que importa saber, desde já, é que quando nos referimos à Missão do Nordeste, deve estar claro que estamos nos referindo ao grupo acima descrito e que se fixou nas terras do Cariri cearense.

3. Por que o Cariri cearense?

Pai João de Enock sempre alertou para o fato de que nas terras do Cariri cearense está situado o governo etérico do Nordeste e por esta razão estava nos colocando aqui. Terras antigas, longinquamente habitadas pelos velhos Equitumãns, o sul do Ceará agrega energias que são, desde sempre, muito disputadas pelos líderes etéricos. Tal fato é de tal maneira importante, que libertar o Cariri cearense da dominação de certas forças, desde muito tempo aqui enraizadas, significava um grande avanço em todos os sentidos para todo o Nordeste.

Outras entidades, ao longo do tempo, confirmavam os dizeres de Pai João. Tiãozinho, por exemplo, quando incorporava, geralmente no final dos trabalhos, em ocasiões absolutamente especiais, brincava dizendo que nós estavamos morando no escritório do Diabo… Ríamos, gostosamente de sua fala. Hoje, entendo que, de fato, nunca tivemos a noção do que ele ali transmitia…

4. Alimentação espiritual

No que diz respeito à força decrescente, é necessária uma distinção entre o primeiro templo que nasceria no Crato em 1987 e os demais templos do Amanhecer no resto do Brasil: todos os templos externos, até então, estavam sob as ordens dos adjuntos do Templo-mãe e por isso entravam na contagem de forças feita lá em Brasília. Ainda assim, davam muito trabalho e, desde que começaram a nascer, eram motivo de extrema preocupação de Tia Neiva, a ponto de ela falar: “meus filhos, templo externo é casa de exu. Já que não pode fechar, vamos arrumar”. Pois bem. O templo do Crato, primeiro templo da Missão do Nordeste, não nasceu dessa maneira. O Templo do Crato não nascia sob as ordens de nenhum adjunto maior do templo-mãe e, dessa maneira nascia livre, sem qualquer subordinação a Brasília. Não que o grupo não quisesse. Pai João assim não desejava.

Isso se deu dessa maneira porque desde sempre Pai João deixou bem claro que não estávamos saindo de Brasília para fundar mais um templo externo. “Já existem muitos, meus filhos”, dizia ele: “e vocês não serão mais um”. E ao falar dessa maneira, falava muitas outras coisas que vamos colocando aqui na medida em que a situação ensejar. Repetimos, entretanto, aqui a mensagem no início da presente obra, que referencia o sobredito:

“Saibam meus filhos, que Deus tudo controla, tudo assiste. Sim tudo obedece um alinhamento missionário. Tudo define-se dentro de um sacerdócio. Filhos, a graça divina assistente incansável de vossos passos, sempre lhes proporcionará definições ajustadas ao grau individual de cada um. Não vos quero ambicionando funções, treinando soldados, esquematizando rituais; não filhos, não é isso. Vejam filhos, o dia coroa o homem de pétalas; a noite fecunda a vida em seu silêncio e vós outros, edificados na função simétrica, encontrarão as soluções. Porque filhos, vidas buscam vidas, como o bem descarta o mal. Assim, na majestade criadora, cada indivíduo desenha seu próprio caminho. Saibam justificar o poder de que são portadores; obedeçam ao convite da simplicidade e amparados pela humildade serão guiados por esses caminhos, ensinando formas, cores e fornecendo o material adequado aos aprendizes”. Pai João de Enock, 1987.

Ou seja, nos planos de Pai João, o templo do Crato nunca entraria na roda-viva que o Templo-mãe começava a viver. Roda-viva que o Trino Tumuchy muito bem caracterizou em uma carta aberta que ficou conhecida como “Um grito de alerta”. Nela, seu Mário Sassi fala em atuações de toda ordem nos rituais dentro e fora do templo; baixo mediunismo, distanciamento do mundo espiritual por falta de sintonia, entre muitas outras coisas que, infelizmente, se fazem presentes de forma abundante aqui, nos templos do Cariri.

Isso quer dizer que nos planos de Pai João, os templos da Missão do Nordeste não se filiariam ao Templo-mãe. E explicava porque: “filhos, chegará o dia em que aqui [referindo-se ao Templo-Mãe] não haverá ética para se viver essa doutrina”. O próprio Pai João usa a expressão Templo-Pai, como sendo o grande templo do Nordeste. Desta maneira, se o Templo-Mãe nascera da abnegada dedicação de Koatay 108, o Templo-Pai, plantado no coração do etérico do Nordeste, nasceria, diretamente da altivez, da energia, da disciplina e do amor do “preto velho indiano abençoado”: Pai João de Enock.

5. Uma estrutura decrescente-evangélico-iniciática própria

Emana daí outro fato de grande importância: se o templo do Crato, primeiro templo da Missão do Nordeste não entraria na contagem de forças do Templo-mãe, era porque teria uma estrutura própria de trinos, adjuntos etc… Vejam, amigos, mais uma vez frisamos: a Missão do Nordeste diz respeito à construção de um poder independente, não à construção de templos externos ligados a um poder já constituído mas em franco desmoronamento como era o Vale do Amanhecer naquela época.

Esse é um ponto fechado. Não está em discussão porque foi textualmente dito por Pai João. E ele nunca nos deixou sem um esclarecimento e muito menos sem uma prova cabal do que era dito nas incorporações. Aqueles dirigentes que estavam presentes nessas comunicações, mas que desta diretriz se afastaram, o fizeram de modo consciente e por vontade própria, sem qualquer concordância da parte da espiritualidade maior. Não há qualquer outra conclusão possível.

Nessa estrutura orientada por Pai João, o mestre Batista é o adjunto de povo. Noutras palavras, ele e a ninfa Sônia são os pais dessa grande família que hoje se espalha em tantos templos. O mestre Tavares é o comandante Janatã, responsável pela Estrela Candente. O mestre Chiquinho seria os olhos da missão; o apará à inteira disposição de Pai João e deste sacerdócio. Caberia a ele trazer as ordens e orientações do mundo espiritual a este plano físico.


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