Amigos e irmãos, Salve Deus!
As sinagogas têm seus líderes, seus palestrantes, seus rabinos consagrados; seus ícones destacados, suas figuras eminentes;
Na Igreja Católica ocorre o mesmo processo. Padres, bispos, figuras eclesiásticas que se vestem de modo a mostrar aos demais sua hierarquia, seu status, sua importância. Estes, pela estrada que percorreram, conseguiram títulos, acumularam distinções.
No Protestantismo vê-se o mesmo processo. Os pastores são homens que, de um ou de outro modo, entregaram-se a um sistema. Estudaram e por isso adquiriram o direito de falar aos demais.
No espiritismo kardecista ocorre o mesmo.
No Vale do Amanhecer o processo é semelhante.
Outros sistemas religiosos não diferem.
Quantas vezes, entretanto, deixamos de ouvir o próprio coração para seguirmos palavras e orientações que só nos geraram dor!?
Quantas vezes acreditamos estar fazendo algo de muito valioso por estarmos vestidos e ingressados em determinada corporação, negando o próprio sentir!?
É valioso o trabalho de todos os sistemas!? Sem dúvida.
Não devemos, contudo, esquecer que distante dos sistemas estava o Jovem Galileu. Sem qualquer distintivo; sem qualquer deferência especial; cobria-lhe o corpo uma túnica comum, como a de todos. Nenhum aparato o adornava o peito, a cabeça, o corpo. Nenhum título conferia a ele qualquer diferenciação. Os pés descalços tocavam a terra e seu olhar compassivo, de divina expressão, prescrutava cada coração em dor.
E se simplesmente sentíssemos todos, uns aos outros, como verdadeiros irmãos? Se cada pessoa que olhássemos durante nosso dia recebesse de nós esse sentir?
Até onde temos valorizado as formas!? Com que intensidade sentimos a essência?
Por que tantas diferentes vestimentas para uma mesma essência? Por que tantas diferentes nomenclaturas? Por que tantas diferentes versões?
Não seria, todo esse enredo de tantas diferenciações, de mil bandeiras, somente uma disputa fratricida?
Estamos trabalhando a favor ou contra nós mesmos?
Enfim, questionamentos…